Cangussu é o sobrenome de Laura.
Cangussu, ou canguçu, é uma onça-pintada em extinção, muito presente no sertão de Guimarães Rosa. Além de ser parte de seu nome, Cangussu evoca a brasilidade que Laura busca enaltecer em suas criações. Não a brasilidade prosaica ou caricata, mas um Brasil poético, artístico e singular.
“Quem me ensinou a apreciar essas as belezas sem dono foi Diadorim...
A da-Raizama, onde até os pássaros calculam o giro da lua – se diz –
e canguçu monstra pisa em volta” (ROSA, Guimarães. Grande Sertão: Veredas)
“Pena, se tive? Vá se ter dó de canguçu,
dever finezas a escorpião!” (ROSA, Guimarães. Grande Sertão: Veredas)
“Ele vai como veado acochado, mas volta como canguçu... No meio do caminho a gente topa, e quem puder mais é que vai ter razão...” (ROSA, Guimarães. Sagarana)
“Pois, nesse dia, a canguçu de certo que imaginou mais um tiquinho, porque ela desmanchou o dela, andando de rastro para trás um pedaço bom. Depois, correu para longe, sem um miado, e fois’embora. Onça esperta!...” (ROSA, Guimarães. Sagarana)